O povo não participou no golpe palaciano que, a 1 de Dezembro de 1640, restituiu o governo à Casa de Bragança. A Restauração ficava a dever-se a um grupo de nobres e de letrados e nem mesmo o 8º Duque de Bragança teria participado.
Foi necessário justificar que Dom João IV não era um rebelde mas sim o legítimo herdeiro do trono, que havia sido usurpado por Filipe II de Espanha.
Dom João IV assume-se como o herdeiro de Catarina de Bragança, candidata ao trono e afastada por Filipe II em 1580.
Das Côrtes Gerais de 1641, saiu também uma nova doutrina que defendia que o poder provinha de Deus através do povo, que, por sua vez, o transferia para o rei. Em caso de usurpação ou tirania, o povo tinha o poder de destituir o Rei, precisamente o que aconteceu com Filipe IV.
No sentido de consolidar a Restauração, desenvolveu a Diplomacia, organizou o Exército e enviou diplomatas às principais Cortes Europeias com o objectivo de conseguir o reconhecimento da independência e de obter apoios financeiros e militares.
Mas Espanha não ficou satisfeita e invadiu com os seus Exércitos Portugal por várias e diversas vezes, sendo no entanto, sempre rechaçados. A Guerra da Restauração como ficou conhecida arrastou-se por 28 anos, quando finalmente em 1668 as duas partes assinaram oficialmente a paz através do Tratado de Lisboa.
De louvar não só esta como outras publicações Grato
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