Fig. 1 O Imperador do Brasil, Pedro I.
(...) "Ainda
em 1831, o estadista José Bonifácio obrigou
o imperador Dom Pedro I, ACUSADO
DE EXCESSO DE AUTORITARISMO, a
abdicar da Coroa do Brasil no filho Dom Pedro II do Brasil. Vendo-se
OBRIGADO a viajar para a Europa, instala-se entre Paris e Londres, onde os
novos regimes saídos da Revolução de 1830 lhe podiam ser favoráveis. Em
seguida, utilizando O OURO do Brasil DEVIDO a Portugal pelo Tratado Luso-Brasileiro de 1825 (Tratado do Rio de Janeiro de 1825) e com o dinheiro reunido pelo Franco-Maçon Juan Álvarez y Mendizábal, reúne um Exército de Portugueses Emigrados e
de Mercenários Estrangeiros, que embarca numa frota com a finalidade de
conquistar uma posição em território português Continental. Conquistada que
fora a fortíssima posição Militar e Naval de Angra, nos Açores, o Corpo
Expedicionário de Dom Pedro parte daí, para desembarcar no Continente
português, o que ocorrerá em 9 de Julho de 1832, a norte do Porto, na Praia dos
Ladrões, com um efectivo de 7500 homens (sendo 2300 Franceses, 2130 Ingleses,
900 Belgas, 500 Polacos, 500 Irlandeses, 370 Escoceses e 900 Portugueses)". *
Fig. 2 Litografia satírica de Benjamin [Roubaud] para o jornal La Caricature, publicada a 4 de Setembro de 1834.
Talleyrand, vestido de Papa, faz jurar o Evangelho aos representantes das quatro nações.
(...) Quádrupla-Aliança é a designação dada ao
tratado assinado em Londres a 22 de Abril de 1834 entre os Governos de
Guilherme IV do Reino Unido, Luís Filipe de França, Dom Pedro I do Brasil (regente
em nome de sua filha Dona Maria da Glória, futura Dona Maria II) e a regente de
Espanha Dona Maria Cristina de Bourbon, visando
impor regimes liberais nas monarquias ibéricas. Tal implicava a garantia
da expulsão dos Reis Dom Miguel de Bragança de Portugal e Dom Carlos de Borbón
de Espanha, mesmo que tal obrigasse à entrada de tropas estrangeiras nos
respectivos territórios.
Neste sentido ficou aprovado que a Espanha
forneceria um corpo de tropas por ela mantido; a Inglaterra uma força naval; e
a França, se necessário, o que se combinasse. Portugal enviaria, se fosse
necessário, um Exército Auxiliar para Espanha com o intuito de ajudar as tropas
liberais espanholas, o que veio a suceder.
A primeira acção militar deu-se em Portugal,
no quadro da Guerra Civil Portuguesa (1828-1834) que então opunha Liberais,
encabeçados pelo ex-Imperador do Brasil, Dom Pedro I e Realistas/Legitimistas encabeçados
pelo Rei Dom Miguel I de Portugal. Naquela intervenção, o Almirante Charles Napier desembarcou tropas na Figueira da Foz,
avançando por Leiria, Ourém e Torres Novas e o General Espanhol José Ramón Rodil y Campillo entrou em Portugal através da Beira e Alto Alentejo com uma expedição
de 16 mil homens em apoio do partido de Dom Pedro e de sua filha Dona Maria da
Glória. Na batalha de Asseiceira, as forças militares portuguesas foram
derrotadas pela conjugação destas forças estrangeiras aliadas às forças do 1.º
duque da Terceira, sendo o Rei Dom Miguel forçado a abdicar em
favor de Dona Maria II através da Concessão de Évora Monte, datada de 26 de
Maio de 1834.
Mais tarde, ainda no que respeita a Portugal,
a Quádrupla-Aliança foi invocada para legitimar uma nova intervenção
estrangeira que, na Primavera de 1847, pôs termo à Guerra-Civil da Patuleia que
havia rebentado na sequência da Revolução da Maria da Fonte e do Golpe Palaciano
da Emboscada.
Fig. 3 Tropas Liberais da Quadrupla-Aliança (estrangeiras) castigando um dos revoltosos portugueses da Patuleia.
*Retirado do livro "A Artilharia de Campanha na Guerra Civil Portuguesa".
Vejo um erro nesta nota: o autodenominado Exército Libertador arrancou de S. Miguel e não da Terceira.
ResponderEliminarS. Miguel foi a última ilha a ser conquistada pelos liberais!
O texto foi retirado dum site já extinto, que se chamava "A Artilharia de Campanha, na Guerra Civil Portuguesa" e diz apenas que o exército de Dom Pedro partiu dos Açores: «... Conquistada que fora a fortíssima posição Militar e Naval de Angra, nos Açores, o Corpo Expedicionário de Dom Pedro parte daí (dos Açores), para desembarcar no Continente português...».
Eliminar