sexta-feira, 30 de setembro de 2016

"Cartas Monárquicas", por Alfredo Pimenta.

Se algum dia a Monarquia for restaurada, “é a Monarquia Tradicional, aquela que nasceu com Portugal, em 1128 e expirou, de facto, nunca de direito, em 1834, às mãos do estrangeiro.”

«A Monarquia portuguesa foi sempre Pura, Perfeita, Hereditária – até 1834, não se falando no período nefasto de 1820 a 1828. Sempre! Os nossos Reis nunca foram eleitos, escolhidos, partidários, plebiscitados, frutos de facções, filhos do Sufrágio Universal ou restrito. O próprio D. João I foi Rei, por direito hereditário, pelo melhor direito. Demonstrou-o, nas Cortes de Coimbra, João das Regras. A sua exposição é toda histórica e jurídica. O único que prescindiu da história e do Direito e quis apelar para a força simplista, foi, se Fernão Lopes não mente, Nuno Álvares. Mas os factos históricos e as alegações jurídicas que o jurisconsulto desfiou, impuseram-se à Assembleia política e ela não votou: Aclamou.

No caso único de 1640, não foi o Sufrágio que fez Rei, o Duque de Bragança, nem a Revolução. Esta afastou do Poder o intruso, eliminou o obstáculo que desde 1580 embaraçava o acesso ao Rei natural e legítimo. E o Duque de Bragança ocupou o lugar vago, pela força do seu direito hereditário, e não pela maioria do número dos eleitores.

Quando D. João VI morre, o Rei legítimo era sem contestação o Infante D. Miguel. D. Pedro deixara de ser português. Mercê das cabalas maçónicas e revolucionárias, ele, o estrangeiro porque abdicara a sua qualidade de português, repudiara a sua Pátria de origem e se constituíra Réu de alta traição de passes absurdos, intitulou-se Rei de Portugal, que nunca podia ser, transmitiu à filha um direito que não tinha, e mandou-nos uma Constituição, sem competência nem autoridade para o fazer.
 A Força consagrou tudo isto. E se essa Constituição, na sua letra, não estabelece a Monarquia democrática, os factos não ultrapassaram a letra da Constituição e conduziram à consagração prática da Soberania Popular, em 5 de Outubro de 1910.»


Extracto retirado de “Cartas Monárquicas escritas ao estudante Caetano de Melo Beirão por Alfredo Pimenta”.

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

O inimigo dos povos - Liberalismo.

Não há sistemas perfeitos, mas o melhor, do nosso ponto de vista, é o que concentra os poderes do Estado num Rei, baseado no direito consuetudinário, nos usos, costumes, em princípios e valores cristãos. 


No liberalismo, os partidos, com o seu fanatismo, desentendem-se, destroem-se e condenam-se uns aos outros para ver qual deles tira o maior proveito do sistema.




A Monarquia liberal é um conjunto de contradições de toda a ordem: de facto, direito e origem, de desenvolvimento, organização, lugar, tempo, nome e doutrina.





A Monarquia Tradicional e a liberal são contrárias e opõem-se.








          X                                                                                            


A monarquia pura moderada pela lei fundamental, desde sempre combatida a par da Igreja, mas apenas vencida a prazo, foi sempre igual a si própria em magnificência e solidez. Contrariamente o aborto liberal usurpou um símbolo indivisível e único a favor dos partidos liberais que se combatem uns aos outros e cujo lema é a divisão que os corrói e leva à ruína.

Os liberais num dia dizem-se monárquicos católicos; no dia seguinte desmentem-no com os seus actos, conspirando com a maçonaria contra a monarquia, derrubando-a.



Para o liberal, a Monarquia Tradicional é coisa velha do passado, enquanto a monarquia liberal é uma coisa muito nova, mas esquecem-se que a árvore por eles plantada foi regada com sangue português e não deu frutos.





Guilherme Koehler in "A Bandeira Branca" a 19 de Setembro de 2016.